As mudanças nas relações de trabalho até o empreendedorismo

O século XX foi marcado por grandes revoluções científicas e criativas. A partir do final desde século e já no início do século XXI vemos surgir uma nova forma de administrar e criar empresas: O empreendedorismo.

É sabido que " os empreendedores são pessoas diferenciadas", possuem motivação singular, sendo, realidade, auto motivadas por uma incrível paixão pelo que fazem. Querem fazer a diferença no mundo, são visionárias, arriscam-se, estão focadas em deixar um legado!

Ao longo do último século até o atual contamos com uma brusca modificação nas relações de trabalho. No Brasil, em meados de 1930 imperavam o Taylorismo e o Fordismo com a organização científica do trabalho

Acreditava-se que cronometrando  milimetricamente todas as etapas do trabalho, focando na gerencia meramente administrativa do tempo e da função, excluindo toda e qualquer relação humana e efeitos psicológicos e de fadiga e cansaço se teria sucesso e aumento na produtividade. Em pouco tempo este tipo de gerencia mostrou-se ineficiente surgindo então uma outra forma oposta de gerenciamento que focava em pessoas e relações humanas.

O Movimento das Relações Humanas chega no Brasil em torno das décadas de 40 e 50 opondo-se fortemente contra a Organização Científica do Trabalho. São feitos grandes estudos, liderados por Elton Mayo com mais 22.000 trabalhadores relativos as condições de trabalho e rendimento.  Durante a pesquisa de Mayo constata-se a coexistência de uma organização formal e uma informal ( trazendo consigo toda a lógica de sentimentos e afetos). Surge então a consciência do homem socius = homem social , movido por motivações, reconhecimento e relações...

Apesar de inovador o Movimento das Relações Humanas acabou dando ênfase de mais aos grupos informais ao invés de criar um equilíbrio destes com as gerências, o que o levou a ser substituído, em torno da década de 60, no Brasil pelo Movimento do Funcionalismo Estrutural.

Com foco na gerência de objetivos, este novo movimento trás consigo novas implementações como o plano de carreira (baseado na conquista de objetivos) e as metas, trabalhando questões motivacionais nos trabalhadores através da expectativa de enriquecimento. O trabalhador e a empresa deveriam objetivar ao extremo o crescimento profissional. Destaca-se nessa época  a "Teoria dos dois fatores", de Henzberg em que ele separa e "fatores higiênicos" (ligados a estrutura) e motivacionais (ligados ao campo emocional) dentro do campo corporativo.

Com a conscientização da grande importância dos fatores  externos e o início de um processo de globalização surge o Movimento dos Sistemas Abertos, com ênfase do planejamento estratégico e no modelo sistêmico, comparando o mercado a um grande ecossistema, totalmente relacionado e interdependente. Este movimento, surgido no Brasil em meados da década de 70 dava grande importância ao líder e a liderança dentro das empresas.

Também na década de 70, o Movimento das Contingências Ambientais, focado em solucionar o problema da forte competitividade surgida na década em questão, tentava equilibrar sua gestão administrativa e as condições ambientais do mercado, em prol de conquistar os objetivos da organização. Questões como adaptabilidade foram colocados fortemente em voga nesta época.

A nova economia trouxe consigo o Empreendedorismo, aonde os gerentes empresariais  precisam ter muito mais do que habilidades admistrativas, mas serem dotados de forte liderança, paixão e visão de mercado.

As start ups, como tem sido conhecidas, empresas que começam do zero, tem se destacado fortemente na NASAQ (espécie de bolsa de valores mais focada em empresas virtuais).

O Brasil é considerado um dos países mais empreendedores do mundo, entretanto o empreendedorismo brasileiro acaba acontecendo muito mais por necessidade do que por oportunidade. Uma prova disso é que muito mais do que 50% das empresas empresas brasileiras fecham antes mesmo de completarem 2 anos de existência. Na tentativa de melhorar esse índice, o governo brasileiro vem investido em grupos de suporte como o GEM, as encubadores e o SEBRAE, que além de ajudar na formulação do plano de negócios, coloca os novos empresários em contato com investidores, chamados de Angels.

É importante destacar que enquanto nos modelos tradicionais de admistração  os gerentes diferenciam-se por hierarquia e conhecimento, no empreendedorismo, o empreendedor diferencia-se porque além de ter domínio administrativo é visionário é um  líder nato, capaz de tomar decisões acertivas rapidamente, agregar valor aos produtos que coloca no mercado, inovar e explorar bem as oportunidades que encontra pela frente. Além disso, empreendedores são dinâmicos, dedicados, apaixonados pelo que fazem, independentes e dotados de um estilo próprio que provavelmente levar-los-há a tornarem-se ricos!

Planejam e assumem riscos calculados gerando novos conceitos e valores para a sociedade.

Uma das grandes indagações modernas é se é possível ensinar a alguém a ser um empreendedor ou se empreendedores nascem prontos. Na verdade, ambas as possibilidades são reais. Alguns empreendedores nascem prontos, outros precisam ser formados, para estes a boa notícia é que atualmente várias universidades incutiram em seu currículo a disciplina de empreendedorismo auxiliando na formação e no direcionamento daqueles que pretendem tornarem-se grandes empreendedores.

Dentro do processo empreendedor é preciso aliar boas ideias a tecnologia e recursos captados. Uma vez que temos todos estes três fatores em mãos podemos acreditar que temos uma nova empresa de sucesso prestes a surgir.


Clarice Ferreira


Postar um comentário